sexta-feira, 31 de julho de 2009

Twilight


Finalmente eu assisti crepúsculo, depois de minhas sobrinhas falarem sobre o filme meses e eu comprar livros e mais livros da saga para elas de presente.
Bom! A fotografia é linda, a história é boa e muito bem contada.
Os atores são lindos, como diria o Rubens (porqueverblogspot.com): dignos da Warner Channel. A mocinha ( Kirsten Stewart) tem mais experiência que o galã ( Robert Pattison) e deu-lhe uma boa lavada.
É claro que ele é lindo de morrer, mas em alguns capítulos a linguagem corporal dos atores saiu pouco natural, quase coreografada.
Exemplo: a cena em que ele a leva até o topo da montanha e os dois tem um diálogo com movimentos muito calculados para uma conversa normal... Não sei até que ponto a culpa é da direção e até ponto é dos atores, já que os dois são bem jovens.
De qualquer forma há boas mancadas, como cenas que se iniciam com os personagens "brincando de estátua" que se prologam por muito tempo e coadjuvantes que saem em filinha quando o "casal estrela" entra em foco.

Sumidinha

Me perdoem pelo sumiço meus três leais seguidores, mas o meu corpo está rebelde.
O calor não deixa a rinite passar e lá se vão mais de um mês doente!
Parece que as moléculas do meu corpo não aceitam mais este clima de deserto. Virei um bicho de lugar frio, de neve, chuva e neblina.
Infelizmente ele vai ter que aguentar até o fim da seca, porque a próxima mudança está marcada somente para o ano que vem!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Canção de mim mesmo

Walt Whitman

1.Eu celebro o eu, num canto de mim mesmo,
E aquilo que eu presumir também presumirás,
Pois cada átomo que há em mim igualmente habita em ti.
Descanso e convido a minha alma,
Deito-me e descanso tranquilamente,
observando uma haste da relva de verão.
Minha língua, todo átomo do meu sangue formado deste solo, deste ar,
Nascido aqui de pais nascidos aqui de pais o mesmo e seus pais também o mesmo,
Eu agora com trinta e sete anos de idade, com saúde perfeita, dou início,
Com a esperança de não cessar até morrer.
Crenças e escolas quedam-se dormentes
Retraindo-se por hora na suficiência do que não,
mas nunca esquecidas,
Eu me refugio pelo bem e pelo mal,
eu permito que se fale em qualquer casualidade,
A natureza sem estorvo,
com energia original.
2.Casas e cômodos cheios de perfumes,
prateleiras apinhadas de perfumes,
Eu mesmo respiro a fragrância,
a reconheço e com ela me deleito,
A essência bem poderia inebriar-me, mas não permitirei.
A atmosfera não é um perfume,
mas tem o gosto da essência,
não tem odor,
Existe para a minha boca,
eternamente; estou por ela apaixonado
Irei até a colina próxima da floresta,
despir-me-ei de meu disfarce e ficarei nu,
Estou louco para que ela entre em contato comigo.
A fumaça da minha própria respiração,
Ecos, sussurros, murmúrios vagos, amor de raiz, fio de seda, forquilha e vinha,
Minha expiração e inspiração,
a batida do meu coração, a passagem de sangue e de ar através de meus pulmões,
O odor das folhas verdes e de folhas ressecadas,
da praia e das pedras escuras do mar, e de palha no celeiro,
O som das palavras expelidas de minha voz aos remoinhos do vento,
Alguns beijos leves, alguns abraços, o envolvimento de um abraço,
A dança da luz e a sombra nas árvores, à medida que se agitam os ramos flexíveis,
O deleite na solidão ou na correria das ruas, ou nos campos e colinas,
O sentimento de saúde, o gorjeio do meio-dia, a canção de mim mesmo erguendo-se da cama e encontrando o sol.
Achaste que mil acres são demais?
Achaste a terra grande demais?
Praticaste tanto para aprender a ler?
Sentiste tanto orgulho por entenderes o sentido dos poemas?
Fica esta noite e este dia comigo e será tua a origem de todos os poemas,
Será teu o bem da terra e do sol (há milhões de sóis para encontrar),
Não possuíras coisa alguma de segunda ou de terceira mão,
nem enxergarás através do olhos de quem já morreu,
nem te alimentarás outra vez dos fantasmas que há nos livros.
Do mesmo modo não verás mais através de meus olhos,
nem tampouco receberás coisa alguma de mim,
Ouvirás o que vem de todos os lados e saberás filtrar tudo por ti mesmo.
3.Eu ouvi a conversa dos falantes,
a conversa sobre o início e sobre o fim,
Mas não falo nem do início nem do fim.
Nunca houve mais iniciativa do que há agora,
Nem mais juventude ou idade do que há agora,
E jamais haverá mais perfeição do que há agora,
Nem mais paraíso ou inferno do que há agora,
O anseio, o anseio, o anseio,
Sempre o anseio procriador do mundo.
Na obscuridade a oposição equivale ao avanço,
sempre substância e acréscimo, sempre o sexo,
Sempre um nó de identidade,
sempre distinção,
sempre uma geração de vida.
Não vale elaborar, eruditos e ignorantes sentem que é assim.
Certeza tal como a mais certa certeza,
aprumados em nossa verticalidade,
bem fixados, suportados em vigas,
Robustos como um cavalo, afetuosos, altivos, elétricos,
Eu e este mistério aqui estamos, de pé.
Clara e doce é minha alma
e claro e doce é tudo aquilo que não é minha alma.
Faltando um falta o outro,
e o invisível é provado pelo visível
Até que este se torne invisível
e receba a prova por sua vez.
Apresentando o melhor e isolando do pior,
a idade agasta a idade,
Conhecendo a adequação e a equanimidade das coisas,
enquanto eles discutem eu mantenho-me em silêncio
e vou me banhar e admirar a mim mesmo.
Bem-vindo é todo órgão e atributo de mim,
e também os de todo homem cordial e limpo.
Nenhuma polegada ou qualquer partícula de uma polegada
é vil e nenhum será menos familiar que o resto.E
estou satisfeito – vejo, danço, rio, canto;
Quando o companheiro amoroso dorme abraçado a mim a noite inteira
e depois vai embora ao raiar do dia com passos silenciosos,
Deixando-me cestas cobertas com toalhas brancas enchendo a casa com sua exuberância,
Devo adiar minha aceitação e compreensão e gritar pelos meus olhos,
Para que deixem de fitar a estrada ao longe e para além dela
E imediatamente calculem e mostrem-me para um centavo,
O valor exato de um e o valor exato de dois, e o que está à frente?
4.Traiçoeiros e curiosos estão à minha volta
Pessoas com quem me encontro,
os efeitos que a minha infância tem sobre mim,
ou o bairro e a cidade em que vivo, ou a nação,
As últimas datas, descobertas, invenções, sociedades, autores antigos e novos,
Meu jantar, roupas, amigos, olhares, cumprimentos, dívidas,
A indiferença real ou fantasiosa de um homem ou mulher que eu amo,
A doença de alguém de minha gente ou de mim mesmo, ou ato doentio,
ou perda ou falta de dinheiro, depressões ou exaltações,B
atalhas, os horrores da guerra fratricida,
a febre de notícias duvidosas, os terríveis eventos;
Essas imagens vêm a mim dia e noite, e partem de mim outra vez,
Mas não são o meu verdadeiro Ser.
Longe do que puxa e do que arrasta,
ergue-se o que de fato eu sou,
Ergue-se divertido, complacente, compassivo, ocioso, unitário,
Olha para baixo, está ereto,
ou descansa o braço sobre certo apoio impalpável,
Olhando com a cabeça pendida para o lado,
curioso sobre o que está por vir,
Tanto dentro como fora do jogo,
e o assistindo, e intrigado por ele.
No passado vejo meus próprios dias
quando suei através do nevoeiro com linguistas e contendores,
Não trago zombarias ou argumentos,
apenas testemunho e aguardo.
Fonte: Whitman, W. 2006. Folhas de relva. SP, Martin Claret. O poema todo está arranjado em 52 seções (o trecho acima corresponde às quatro primeiras) e foi originalmente publicado em 1855.

Parabéns!

Parabéns para mim!
30 anos de Rock'n'roll and I still cant´get no satisfaction... ;D

sábado, 18 de julho de 2009

Parada do Orgulho Gay


Chegou a vez de Brasília!

Neste Domingo (19/07) à partir das 14h começa a 12ª parada do orgulho gay no Eixão sul.

A concentração será na 111 sul, de onde os participantes seguem até a Rodoviária do Plano Piloto.

A festa deve terminar por volta das 20h. A animação será feita por três trios elétricos, onde se apresentarão vários DJs da cidade.

Eu não faço parte do movimento, mas eu vou para apoiar as minhas bichas. Afinal pessoas se apaixonam por pessoas, e amar é sempre certo, não é mesmo?!

coisas que só acontecem comigo!

Faz duas noites que eu não durmo e não é por causa do Rock'n'roll. É por causa da Maíra.
A varanda dela é em cima da minha e todo noite os amigos dela fazem uma surpresa diferente:
Na quinta eles ficaram chamando ela lá de baixo com vozes em diferentes notas musicais e ontem eles resolveram fazer uma serenata para ela às 3 da manhã ( eu achava que nem em Brasília isto ainda existia). A música era back in black do AC/DC. Até o solo de guitarra eles fizeram a capella!!!
Eu adoro esta música e adoro o solo, mas às 3 da manhã na voz de um bando de adolescentes desafinados?! Maíra santinha, desça, ele te ama!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Enquanto isto no Brasil...


Meu Deus que polêmica!


O New York Times publicou imagens alteradas digitalmente!!!!!!!!!!!!!


Na reportagem do dia 05 de Julho sobre o abandono de projetos imobiliários causado pela crise, o fotógrafo português Edgar Martins alterou no photoshop as imagens para que elas transmitissem uma mensagem de "dualidade entre a aspiração e o excesso, a ruína e a decadência".


Resultado?! Polêmica! Matéria fora do ar, notas do editor e etc...


Ou seja, a crise ainda não foi suficiente para fazer com que os americanos parem de pensar em besteiras!


Por favor, vocês jà viram as fotos?! É bastante claro para mim que as fotos são uma expressão do fotógrafo e não da realidade. Parece foto de catálogo de imobliária!


Enquanto isto no Brasil, o diploma de jornalismo vai para a lixeira!
E eu que esperei aquele papel por 8 meses para ter a carteirinha da ANJ...

eba!

Até que enfim um subway 24 horas em Brasília... Podemos sair da balada e comer e não o contrário!!!

SUBWAY 209
Aberto 24h!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

If you really like it...




... e se você realmente gostar de Ramones você tem que descolar uma cópia de Rock'n'roll High School Musical do Allan Arkush, EUA, 1979. Vale!

Hey! Ho! Let?s go!


Ramones sem o baixo de Dee Dee (1952 - 2002) e o vocal de Joey (1951- 2001), não tem muita graça, mas é um show imperdível afinal ele foi um dos CARAS, certo?!

Pelo menos boa memória do público latino o moço tem, olha que poético o que ele disse sobre a platéia sul-americana para o Pedro Brandt:

Tem algo na cultura dos países sul-americanos que faz as pessoas serem fanáticas pelas coisas que amam. Seja no futebol ou no punk rock, as demonstrações dos fãs são sempre extremamente passionais”, avalia. “Olhando o público do palco de um show dos Ramones, o gargarejo parecia o oceano durante uma tempestade. Revolto, violento e belo.”



Pontos de vendas:

Loja Abriu Pró Rock (Gama Shopping)

Universo Tattoo (311 Norte)

GTR Escola de Guitarra (111 Sul)

Loja Porão 666 (Taguatinga, atrás do Alameda Shopping)

Arena Futebol Clube Setor de clubes sul (Asa Sul)

Chilli Beans (ParkShopping, Pier 21, Pátio Brasil e Taguatinga Shopping)

No Sense (Águas Claras)

Free Corner (304 Sul, Brasília Shopping, 308 Sul, 308 Norte, Conjunto Nacional, 303 Sudoeste, Gilberto Salomão e 304 Sul Concept)

Para aqueles que dependem de transporte público haverá ônibus saindo da Rodoviária a partir das 21h, de 30 em 30 minutos, com destino à Arena Futebol Clube – linha 103.2.

Local: Arena Futebol Clube - Setor de Clubes Sul trecho 3, lote 01 (Em frente a AABB) - 3202.4077 -

Data: Sexta, às 22h

Preço inteira: R$ 70

Preço meia: R$ 35 (idosos, estudantes com carteirinha e doadores de 1 kg de alimento não perecível) -




Informações: 3034-3495

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Renato Russo




Sábado tem o lançamento da biografia do Renato Russo escrita pelo Carlos Marcelo do Correio Braziliense. Perdoamos o fato de que ele não é brasiliense, (portanto não teria o direito de escrever sobre nosso herói), com a desculpa de que ele chegou aqui no auge da colina e VIVEU Renato Russo.


Leitores não brasilienses não se sintam excluídos mas só os brasilienses que viveram a colina sabem o quê era o Legião de verdade... Quando saiu daqui a banda já havia se desvirtuado.


Portanto BRASILIENSES, quem quiser ir:


Palestra Sábado, 11 de Julho às 19h30Tema: RENATO RUSSO - O FILHO DA REVOLUÇÃO Palestrantes: Carlos Marcelo Editora: AGIR Local: Livraria Cultura Casa Park Shopping Center - SGCV - Sul, Lote 22, Loja 4-A, Zona Industrial, Guará - Brasília-DF

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O príncipe das marés


Um bom livro não tem idade, não perde a validade, o brilho, o sabor.
Achei estes dias o romance que deu origem ao filme O príncipe das marés, me apaixonei na primeira página:



Meu fraco é a geografia. Ela é também meu refúgio, meu porto de escala.
Cresci vagarosamente, junto às marés e aos pântanos de Colleton; meus braços eram bronzeados e fortes por causa do trabalho no barco de pesca de camarões sob o intenso calor da Carolina do Sul. Por ser um Wingo, comecei a trabalhar assim que aprendi a andar; aos 5 anos conseguia apanhar siris com perfeição. Aos 7, já havia matado meu primeiro veado e, aos 9, punha regularmente comida na mesa da minha família.

Nasci e fui criado em uma ilha da costa da Carolina do Sul e trago o sol da região, com seus tons de ouro escuro, em minhas costas e ombros. Passei dias felizes da minha infância nos canais, navegando um barquinho entre os bancos de areia e sua multidão silenciosa de ostras expostas, na superfície marrom durante a maré baixa. Conhecia pelo nome todos os pescadores de camarão e eles também me conheciam e tocavam suas buzinas quando passavam por mim no rio.

...Foi minha mãe quem me ensinou a mentalidade sulista em suas formas mais delicadas e íntimas. Acreditava nos sonhos das flores e dos animais. Quando éramos pequenos, antes de ir para a cama à noite, ela nos revelava, com sua voz de contar histórias, que os salmões sonhavam com desfiladeiros nas montanhas e com o rosto marrom dos ursos pardos pairando sobre a correnteza límpida. As cobras, dizia ela, sonhavam enterrar seus dentes na canela dos caçadores. As águias-pescadoras tinham sonhos com longos mergulhos em câmara lenta sobre os arenques. Havia as asas cruéis das corujas nos pesadelos dos arminhos, a aproximação dos lobos cinzentos a favor do vento no silêncio da noite do alce.

Nunca soubemos, no entanto, quais eram seus sonhos, porque minha mãe nos mantinha na ignorância de sua própria vida interior. Sabíamos que as abelhas sonham com rosas, que as rosas sonham com mãos pálidas de floristas e que as aranhas sonham com mariposas presas em suas teias prateadas. Como seus filhos éramos os administradores de seus deslumbrantes voos da imaginação, mas não sabíamos o que sonham as mães.